A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido de investigação sobre um suposto “ecossistema de desinformação” promovido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
Na lista, aparecem artistas, influenciadores, parlamentares, empresários, produtores de conteúdos e até jornalistas. Entre a casta política, além de Bolsonaro, estão seus filhos: Carlos, Eduardo e Flávio. É dito, na ação, que há uso indevido dos meios comunicação.
Os advogados Angelo Ferraro, Eugênio Aragão e Cristiano Zanin falam em “abuso de poder político e econômico”, com o intuito de manipular e influenciar o processo eleitoral no país.
Com base nessas acusações, é solicitado que o presidente e seu candidato a vice, general Walter Braga Netto (PL), sejam devidamente investigados pela Corte. Além disso, pleiteia que outras 45 pessoas tenham suas contas bloqueadas nas redes sociais até 31 de outubro.
A ação menciona uma série de personalidades que, na prática, estão enquadradas como peças centrais das investidas lulopetistas. Os sócios-fundadores da Brasil Paralelo, empresa de educação e entretenimento, mais uma vez voltaram a estar na mira de Lula.
Entre os alvos de pedidos de quebras de sigilo estão Filipe Valerim, Henrique Viana e Lucas Ferrugem, além de Leandro Ruschel, todos ligados à mediatech Brasil Paralelo.
— Com o objetivo de assegurar o equilíbrio entre os adversários que se enfrentam no 2º turno da disputa ao cargo de presidente da República, em face da ostensiva divulgação de desinformações que visam à usurpação do debate público e manipulação da opinião popular para degradar a candidatura de Lula e beneficiar ilegitimamente Bolsonaro, torna-se imprescindível que seja determinado imediato bloqueio dos perfis/páginas/canais/contas destacados na presente AIJE [Ação de Investigação Judicial Eleitoral], de maneira temporária, até o encerramento das eleições gerais de 2022 — sustentam os advogados na petição.