A perda de arrecadação com a medida que tentará baratear os preços de carros será compensada com o retorno de impostos federais para o diesel. Essa reoneração está prevista o mês de setembro, mas ocorrerá de forma escalonada, segundo apurou o Conexão Política.
O corte no imposto havia sido determinado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022. Em um parecer feito pelo ex-senador e hoje presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), o custo da desoneração até o fim do ano passado seria estimado em R$ 17,5 bilhões.
Os descontos valerão para veículos produzidos e os que estão nos estoques das concessionárias. Com isso, os preços devem cair entre 1,5% e 10,96%. O impacto da medida para os cofres públicos é avaliado pelo Ministério da Fazenda em R$ 2 bilhões. No mercado, porém, fala-se em até R$ 8 bilhões.
A Medida Provisória (MP) do Carro Popular será apresentada na segunda-feira (5). O chefe da Fazenda, Fernando Haddad, esteve com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quarta (31), em Brasília (DF), para acertar os detalhes finais do texto. A MP terá validade de quatro meses.