Conforme adiantado por este jornal digital, a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano provocou reações imediatas de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Logo após o Banco Central (BC) anunciar nesta quarta-feira (22) que manteve pela 5ª vez consecutiva o nível da Selic, políticos próximos ao mandatário petista já começaram a criticar o órgão.
O principal alvo da fúria dos governistas é o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, indicado para a chefia do órgão em 2021, ainda durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).
Veja algumas reações após a decisão do BC
Lindbergh Farias: “Covardia o Copom manter Selic em 13,75%. Não estão preocupados com o Brasil e o povo brasileiro. Estão agindo de forma irresponsável para aumentar recessão, desemprego e sabotar o governo do presidente Lula. Temos que reagir contra isso!”
Gleisi Hoffmann: “Campos Neto, explique: como empresários podem captar recursos com os maiores juros do mundo? Como investir se o dinheiro aplicado rende 8% reais? Você não entendeu seu compromisso com o Brasil? Seus juros só beneficiam rentismo e quem não produz. Sua política monetária já foi derrotada”.
Ivan Valente: “Mesmo com toda a pressão, Campos Neto manteve os juros no exorbitante patamar de 13,75%, um dos mais altos do mundo. O Banco Central ‘independente’ serve a quem? À população não é, Selic nas alturas só ajuda banqueiro #JurosBaixosJá #ForaCamposNeto”.
Central Única dos Trabalhadores (CUT): “Decisão revela uma completa submissão do Copom aos interesses dos rentistas e um evidente boicote do presidente do BC ao esforço de todos e todas que trabalham pela retomada do crescimento da economia”.
Confederação Nacional da Indústria (CNI): “O cenário atual indica que o Copom já deveria ter reduzido a Selic nesta reunião. A CNI espera que esse processo de redução da Selic se inicie na próxima reunião. A Confederação acredita que a manutenção da taxa de juros é, neste momento, desnecessária para o combate à inflação e apenas traz custos adicionais para a atividade econômica”.