O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará negociar um acréscimo de despesas que poderá superar o teto de gastos em R$ 200 bilhões. Quem afirma é o ex-ministro da Economia e conselheiro do petista, Guido Mantega, em entrevista à agência Reuters.
Na avaliação dele, a promessa de correção na tabela do imposto de renda (IR) terá custo elevado, de R$ 120 bilhões por ano, e por isso deverá ser inserida na discussão da reforma tributária, mas sem aumento imediato da isenção para R$ 5 mil.
“O primeiro desafio é negociar um Orçamento que seja factível, o Orçamento que está aí simplesmente imobiliza o novo governo, um Orçamento de ficção que não cobre nem o Auxílio Brasil que o próprio (presidente Jair) Bolsonaro estava divulgando, não cobre remédios da Farmácia Popular, creches, merendas, não tem investimentos, é catastrófico”, declarou.
Segundo ele, o Orçamento de 2023 deverá sofrer um incremento de R$ 200 bilhões a fim de garantir investimentos públicos “emergenciais” em infraestrutura e habitação, além dos programas sociais.
“O Orçamento do ano que vem está prevendo um crescimento (do PIB) de 2,5%. Se você olhar as projeções de mercado, do jeito que as coisas vão, o crescimento seria de 0,5%. Se a economia crescer 0,5%, você não vai ter a arrecadação que está programada. Além disso a inflação estará mais baixa, e sabemos que a inflação ajuda a arrecadação”, avaliou.
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