A campanha de Luiz Inácio da Silva (PT) ao Palácio do Planalto está demonstrando inquietação com os números do eleitorado evangélico no país.
Os fiéis, que demonstraram apoio em peso nas eleições de 2018 ao então deputado federal Jair Bolsonaro, atualmente no PL, estão sinalizando repetição de voto no pleito deste ano. O que os aliados do esquerdista não contavam, no entanto, é que o militar aumentasse ainda mais as intenções de voto entre o segmento protestante.
De modo consecutivo, os números sondados entre institutos de pesquisa, além de levantamentos internos realizados por partidos, mostram que Bolsonaro não para de crescer no reduto evangélico. A percepção da oposição é que a disparada está tomando proporções irreversíveis.
A 40 dias do Primeiro Turno, o gesto de aproximação não tem ocorrido apenas por parte do chefe do Executivo federal, como cogitam os caciques de legendas de esquerda. Para além disso, Bolsonaro tem sido cativado pelas igrejas e lideranças. Outro fator que chama atenção e, por consequência, tem gerado inquietação entre os adversários, é o modo espontâneo e caloroso que o mandatário tem sido recepcionado pelos fiéis.
Um exemplo evidente do clima de festa que impera entre os evangélicos foi carimbado na participação do presidente nos 50 anos de ministério do pastor Márcio Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). Jair Bolsonaro foi recebido aos gritos e sob intensos aplausos e coro de “mito”.
O episódio, no entanto, não se trata de um fenômeno isolado. Os fiéis estão vibrando com a candidatura de uma figura conservadora que, desde 2018, representa em muitas partes o que os evangélicos são, pensam e querem para o Brasil.
Apesar dos esforços de Lula para arrebatar os votos dos crentes, as investidas lulopetista têm batido em retirada. Os efeito, na verdade, têm sido inexpressivos, sem resultados a comemorar ou, por assim dizer, quase nulos.