O ano de 2025 mal começou, mas o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu terceiro mandato, já se vê envolvido em uma série de polêmicas. Com o anúncio de duas medidas que têm gerado grande repercussão. A imposição de sigilo de 100 anos sobre os registros do cartão corporativo e o monitoramento das transações realizadas via sistema PIX são os principais alvos da oposição e da opinião pública.
Primeiro, o presidente Lula decretou o sigilo por um século sobre os dados do cartão corporativo do governo. A medida foi acompanhada de um aumento nos gastos com o dispositivo, o que gerou críticas de setores que defendem maior transparência nas contas públicas. A decisão tem sido vista como um retrocesso, sobretudo considerando as recentes demandas por mais controle social sobre os gastos governamentais.
Simultaneamente, o governo anunciou uma nova política de monitoramento das transações realizadas por meio do PIX, um sistema de pagamentos instantâneos amplamente utilizado no Brasil. A medida estabelece que transações superiores a R$ 5.000 estarão sujeitas a um monitoramento mais intenso, o que não foi bem aceito, principalmente entre políticos e cidadãos que consideram o limite excessivo.
Críticos questionam a eficácia desse limite, já que ele pode abranger uma ampla gama de transações, afetando até mesmo comerciantes e pessoas comuns de faixas de renda mais baixas. Além disso, há um receio crescente de que a medida possa abrir precedentes para um verdadeiro ‘big brother’ de transações pessoais, comprometendo a privacidade e o sigilo bancário dos cidadãos. Por outro lado, a Receita Federal tem defendido a medida, afirmando que o monitoramento não afetará a privacidade dos cidadãos.