O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em fase avançada de negociações para nomear Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria-Geral da Presidência da República. A mudança faz parte da reformulação ministerial prevista para ocorrer até março e terá impacto direto na estrutura do Partido dos Trabalhadores (PT).
A Secretaria-Geral da Presidência, atualmente comandada por Márcio Macêdo, tem a função de articular o governo com movimentos sociais. Com a eventual nomeação, Gleisi deixará a presidência nacional do PT, cargo que ocupa desde 2017.
Transição no comando do PT
A saída de Gleisi Hoffmann exigirá uma transição interna no partido. O comando do PT será assumido temporariamente por um “mandato-tampão”, até a realização da eleição interna em julho. Entre os nomes cotados para ocupar essa função estão:
- José Guimarães (PT-CE) – atual líder do governo na Câmara
- Humberto Costa (PT-PE) – senador e influente no partido
Para a presidência definitiva do PT, Lula pretende indicar Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom). A escolha busca fortalecer a relação do governo com setores do centro político, ampliando a base de apoio do partido.
Reformulação política pós-eleições no Congresso
A troca no comando do PT faz parte de uma estratégia política do governo, que deve ocorrer após as eleições das mesas diretoras do Congresso, marcadas para o próximo sábado (1º de fevereiro). Lula busca reorganizar o governo para facilitar a tramitação de projetos no Legislativo e consolidar sua base para os próximos anos.