O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta última quarta-feira (23) que descarta a possibilidade de ter a também ex-presidente Dilma Roussef (PT) em um cargo num eventual governo petista em 2023.
Em 2016, ele foi nomeado por Dilma para ser ministro-chefe da Casa Civil. A manobra, suspensa pela Justiça, foi vista como uma forma de blindá-lo das investigações da então Operação Lava Jato.
“Quando fui convidado pela Dilma, falei que, no Palácio, não cabem dois presidentes. Seria um incômodo para ela e para mim. É que a situação estava muito difícil. O ministro Jaques Wagner achou que eu devia aceitar, mas acabou não dando certo. Mas entendo que [ela] não deva participar”, afirmou, em entrevista a uma rádio mineira.
Perguntado sobre qual seria a participação de caciques como José Dirceu e José Genuíno, respondeu – sem muitos detalhes – que tem procurado novas personalidades na esquerda.
“Não tem sentido uma ex-presidente da República [Dilma] trabalhar e auxiliar em outro governo. Tenho profundo respeito pela Dilma, a Dilma tem uma competência técnica extraordinária, mas acho que tem muita gente que surgiu depois, tem muita gente nova que vamos colocar”, disse.