Após a confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, afirmou que o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva à vice-presidente Kamala Harris foi discreto, destacando que Lula não fez críticas abertas a Trump.
Declarações de Lula repercutem nos EUA
Segundo o portal Metrópoles, assessores de Trump já tinham conhecimento de declarações feitas por Lula antes das eleições. Em entrevista a uma emissora francesa em 31 de outubro, o presidente brasileiro comentou que o retorno de Trump à Casa Branca representaria “o ressurgimento do fascismo e do nazismo sob uma nova forma”. Na mesma entrevista, Lula expressou seu apoio a Kamala Harris, o que foi relatado à equipe de Trump durante um encontro na Flórida.
Apesar disso, Celso Amorim afirmou que o governo brasileiro pretende manter um “relacionamento normal” com Trump. Ele citou como exemplo a relação diplomática entre Lula e o ex-presidente George W. Bush, que se manteve estável mesmo após a oposição de Lula à guerra do Iraque.
Governo brasileiro tenta reduzir tensão
Oficiais do Planalto afirmam que as declarações de Lula não foram um ataque direto a Trump, mas uma crítica ao que ele vê como o crescimento do ódio nos Estados Unidos, Europa e América Latina. Segundo o governo, a fala de Lula foi uma análise do cenário global e não teve a intenção de ofender o presidente eleito. O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) reforçou que a vitória de Trump não deve prejudicar as relações políticas e comerciais entre Brasil e Estados Unidos, ressaltando a longa história de cooperação entre os dois países.
Retorno histórico de Trump ao poder
Donald Trump venceu uma disputa acirrada contra Kamala Harris e será o 47º presidente dos Estados Unidos a partir de 2025. Sua vitória é histórica, pois marca a segunda vez que um ex-presidente retorna à Casa Branca após perder uma reeleição, algo que apenas Grover Cleveland, o 22º presidente, havia conseguido antes.
A expectativa global agora se volta para as possíveis mudanças nas relações internacionais sob a nova administração de Trump, especialmente com países como China, Rússia e os membros da União Europeia.