O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, STF, suspendeu nesta quarta-feira (2) uma ação penal na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se tornou réu em 2016 na Operação Zelotes.
Além de Lula, o filho mais novo dele, o réu Luis Cláudio Lula da Silva, também foi absolvido.
O processo tramitava na Justiça Federal no Distrito Federal e, além de Lula, também havia se tornado réu Luis Cláudio Lula da Silva, seu filho mais novo.
Era a última ação penal contra o petista que ainda não havia sido suspensa, trancada, anulada ou que houvesse a absolvição pela Justiça.
O ministro decidiu acatar os argumentos da defesa, que usou como provas a eventual mensagens trocadas entre procuradores obtidas por hackers e, depois, apreendidas na Operação Spoofing, da Polícia Federal. O caso se popularizou como Vaza Jato.
Segundo Lewandowski, “os procuradores República responsáveis pela denúncia referente à compra dos caças suecos agiam de forma concertada com os integrantes da ‘Lava Jato’ de Curitiba, por meio do aplicativo Telegram, para urdirem, ao que tudo indica, de forma artificiosa, a acusação contra o reclamante [Lula]”.
“Valendo lembrar que investigações do mesmo jaez, relativas aos casos ‘Triplex do Guarujá’ e ‘Sítio de Atibaia’, foram consideradas inaproveitáveis pelo Supremo”, acrescentou o ministro.
De acordo com Lewandowski, havia, por parte dos procuradores, “quando menos, franca antipatia e, em consequência, manifesta parcialidade em relação” a Lula.
O caso ficará suspenso até posterior julgamento do tribunal, que ainda não tem data prevista.