Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou o apoio do governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ao presidente Jair Bolsonaro, do PL, para o segundo turno das eleições ao Palácio do Planalto.
Em entrevista coletiva, o candidato do PT disse que Zema tem liberdade de apoiar quem ele quiser, mas que o “povo” não é “gado”. A fala ocorreu em Belo Horizonte, capital mineira.
Em BH, Bolsonaro foi o vencedor do 1° turno. Lula, por sua vez, ficou em segundo lugar.
“Primeiro, o governador Zema tem liberdade de apoiar quem ele quiser. Não me oporei, nem pensava que fosse diferente [ele não apoiar Bolsonaro]. A única coisa que ele tem que levar em conta é [se ele] pensar que o povo é gado, que o povo pode ser levado prá lá e pra cá. O povo tem consciência”, disse o esquerdista.
Ainda na entrevista, o ex-presidente frisou que não ganhou a disputa no primeiro turno porque uma parcela da população não quis, mas que os pleitos de 2002 e 2006, quando ele era candidato e venceu, também deram vitória no 2° turno.
“Agora, os votos estão definidos. Quem é Cruzeiro, é cruzeiro e quem é Atlético, é Atlético. Agora não tem choro nem vela, quem tiver mais voto ganha. Gostaria de ter convencido mais gente a votar em mim, mas o resultado será acatado. Por mim não tenham dúvida. Quem ganhar, e espero que seja eu, tenha direito de sorrir, e quem perder, tenha direito de chorar”, acrescentou.