Enquanto a economia brasileira enfrenta um cenário de incertezas sob o governo Lula III, com inflação em alta, juros elevados, dólar pressionado e promessas não cumpridas, influenciadores que manifestaram apoio ao líder petista nas eleições de 2022 continuam fechando contratos e mantendo suas atividades publicitárias normalmente.
Muitas dessas parcerias envolvem empresas privadas —inclusive do setor financeiro—, varejista e de tecnologia, além de agências que também prestam serviços para campanhas institucionais.
Durante o período eleitoral, centenas de influenciadores pediram votos, mobilizaram seguidores e usaram suas plataformas para reforçar o apoio ao então candidato da esquerda no pleito nacional. Agora, mesmo diante de uma crescente insatisfação popular e da piora no cenário econômico, muitos optaram pelo silêncio.
Enquanto a desaprovação do governo acelera e os brasileiros lidam com a perda do poder de compra e o encarecimento do custo de vida, para essa parcela de criadores de conteúdo, a rotina segue sem grandes mudanças.
Nas redes sociais, a diferença entre essas realidades tem gerado questionamentos de internautas. Para a maioria da população, sobretudo os mais pobres, a crise econômica não apenas persiste, como se agravou. Pesquisas mostram que antes, o que era uma expectativa de melhora sob a campanha do ‘amor, picanha e cervejinha’, virou sinônimo de frustração.
Em meio à ‘turbulência vermelha’, o palanque político de Lula tem sofrido desgaste e já apresenta fragilidades, com a perda de apoio entre a população mais carente. A insatisfação não contempla apenas na desaprovação do governo, mas também uma erosão de seu tradicional reduto eleitoral, incluindo o Nordeste, região onde Lula sempre contou com vantagem expressiva.