Nesta sexta-feira (2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou não acreditar que o colega Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, tenha falado mal dele.
No entanto, se falou, é “despreparado”, “desleal” e “fura-teto”.
A declaração foi dada na portaria do Ministério da Economia.
Paulo Guedes se referia a uma matéria publicada pelo “O Estado de S. Paulo”, segundo a qual, Marinho teria afirmado, durante encontro com investidores, que o ministro da Economia foi o autor da proposta – rechaçada publicamente pelo próprio Guedes – de usar recursos de precatórios para financiar o Renda Cidadã.
Ainda segundo o jornal, o ministro do Desenvolvimento Regional afirmou que o programa social ‘sai por bem por mal’.
“Eu espero que ele não tenha falado nada demais. Eu vou subir e depois eu desço e explico o que está acontecendo. Eu não acredito que ele tenha falado isso. Agora, se falou, falou que está querendo furar teto, falar a história de precatório, quando eu descer eu explico tudo para vocês, tudo que está acontecendo. Se falou, já pode saber: é despreparado, é desleal e confirmou que é um fura-teto, mas eu não acredito que tenha falado”, afirmou Guedes.
ASSISTA
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Em nota à imprensa, o Ministério do Desenvolvimento Regional afirmou que não houve ‘desqualificações ou adjetivações’ durante a reunião e que a informação chegou à imprensa ‘de maneira destorcida’.
“Não foram feitas desqualificações ou adjetivações de qualquer natureza contra agentes públicos, nem tampouco às propostas já apresentadas. Quem dissemina informações falsas como essas tem claro interesse em especular no mercado, gerando instabilidade e apostando contra o Brasil”, diz o texto.
“A reunião teve o intuito de reforçar o compromisso do governo com a austeridade nos gastos e a política fiscal. Em sua fala, Rogério Marinho destacou que o governo reconhece a necessidade de construção de uma solução para as famílias que hoje dependem da auxílio emergencial e que essa solução será resultado de um amplo debate com o parlamento, em respeito à sociedade e às âncoras fiscais que regem a atuação do governo”, completa a nota.