A governadora Celina Leão (PP), atualmente em exercício no Distrito Federal, assinou na terça-feira (28) uma proposta de reajuste salarial de 18% aos policiais militares, civis e bombeiros do DF.
De acordo com ela, o impacto no orçamento seria de cerca de R$ 1,4 bilhão por ano. O aumento seria custeado pelas verbas do Fundo Constitucional, não gerando mais gastos para a União.
Como o fundo é administrado pelo governo federal, a ideia ainda precisa do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É ele quem precisa enviar a proposta ao Congresso. O fundo em 2023 acumula R$ 23 bilhões.
“Não é uma novidade esse reajuste, ele foi encaminhado no ano passado. Nós estamos reencaminhando. Nosso Fundo Constitucional suporta e a gente espera que o governo federal receba com a responsabilidade também que exige o momento. Que a gente possa motivar cada vez mais os nossos policiais a trabalharem, hoje nós somos a 17ª força em termos de salário, é uma reparação histórica”, declarou Celina Leão.
A governadora também disse que já houve um diálogo prévio com representantes do Executivo federal a fim de tratar sobre o assunto e, agora, será marcada uma audiência formal com o presidente Lula.
“Nós não podemos falar que temos a melhor polícia do Brasil com o pior salário do Brasil. Nós não podemos falar isso. A polícia fica por muitas vezes desmotivada e eu não tenho dúvida da minha responsabilidade como governadora interina, que espera ansiosamente a volta do nosso governador, de dar aquilo que é necessário, que é esse reajuste tão esperado pelas nossas forças de segurança”, completou.
“Nós queremos criar um selo para que Brasília seja capacitada como a cidade mais segura para se morar e se viver. E é isso que a gente busca com a valorização dos nossos profissionais, também cobrar uma melhoria da nossa atuação das forças policiais”, finalizou.
O valor pretendido por Celina Leão é mais que o dobro do proposto pelo governo Lula aos servidores públicos federais. O petista ofereceu um aumento linear de 7,8%, acompanhado do acréscimo de R$ 200 no auxílio-alimentação. Apesar disso, a proposta alcançaria apenas os servidores civis do Executivo, deixando os militares de fora.
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