O mecanismo de busca do Google segue absorvendo dados de usuários mesmo daqueles que utilizam a função navegação anônima, revelou o procurador-geral do estado do Texas, Ken Paxton, na última quinta-feira (19).
Ele apresentou um adendo a um processo aberto contra a companhia no início do ano.
Os estados norte-americanos Texas, Indiana, Washington e o Distrito de Columbia ajuizaram ações separadas contra a Big Tech sobre o que classificaram como “práticas enganosas de rastreamento de localização que invadem a privacidade dos usuários”.
Segundo Paxton, a navegação anônima é uma função que deveria implicar em um não rastreamento do histórico de pesquisa, atividade e localização do usuário pelo Google, mas isso não acontece.
A ação afirma que a opção da navegação privada inclui “a visualização de sites altamente pessoais que podem indicar, por exemplo, histórico médico e orientação política ou sexual do usuário. Ou, talvez, o usuário queira comprar um presente para alguém sem que a pessoa descubra a surpresa ao ser bombardeada por anúncios direcionados.”
Na petição, o procurador-geral argumenta que, “na realidade, o Google coleta secretamente uma série de dados pessoais, mesmo quando um usuário aciona o modo de navegação anônima”.
Em janeiro deste ano, a gigante da tecnologia garantiu que esse tipo de acusação “é baseada em alegações imprecisas e afirmações desatualizadas sobre nossas configurações”. A companhia disse respeitar “recursos de privacidade em nossos produtos e fornecer controles robustos para dados de localização”.