
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou, nesta terça-feira (18), uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ter conhecimento e concordado com um suposto plano para assassinar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar ministros do STF. A peça foi encaminhada ao relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a PGR, a trama envolvia o uso de armas bélicas contra Moraes e um plano de envenenamento contra Lula. O objetivo seria obter “controle total” dos Três Poderes a partir de uma operação chamada “Copa 2022”, que visava atrair o Alto Comando do Exército para apoiar um golpe. Outro núcleo do suposto plano, batizado de “Punhal Verde Amarelo”, teria sido articulado para minar instituições democráticas.
Os crimes imputados aos denunciados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito (pena de 4 a 8 anos), golpe de Estado (4 a 12 anos), organização criminosa (3 a 8 anos), dano qualificado contra patrimônio da União (6 meses a 3 anos) e deterioração de patrimônio tombado (1 a 3 anos). A soma das penas pode chegar a 34 anos de prisão.
O STF decidirá se aceita a denúncia, tornando Bolsonaro e outros investigados réus. Caso o processo avance, os acusados serão submetidos a audiências, interrogatórios e demais etapas de ação penal. Há ainda a possibilidade de o caso ser remetido à primeira instância, o que poderia retardar uma eventual prisão do ex-presidente.