A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), afirmou nesta segunda (10) que o “crescimento de extremistas de direita” no Parlamento da Europa “é mais um sinal de alerta para o campo democrático”.
Conforme noticiado pelo Conexão Política, os parlamentares alinhados à direita e centro-direita serão 395 do total de 720 assentos, representando 54,9% do total de cadeiras. Trata-se de um recorde histórico desde a fundação da União Europeia (UE).
“Além de combater a rede de mentiras do novo fascismo, os governos democráticos precisam responder às demandas reais da população. Garantir vida digna, emprego e renda; trabalhar pela paz e cooperação entre povos e países é o caminho para deter os inimigos da democracia e da justiça social em todo o mundo”, escreveu Gleisi em uma postagem no X.
As eleições para o Parlamento Europeu, concluídas no domingo (9), resultaram em um avanço grandioso para a direita. Esse desempenho positivo dos grupos conservadores e liberais representou principalmente um revés para os governos da França e da Alemanha, que possuem as maiores representações no Parlamento, com 81 e 96 assentos, respectivamente.
Em resposta a esse duro golpe, o presidente francês, Emmanuel Macron, dissolveu o Legislativo e convocou novas eleições. Enquanto isso, o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, anunciou sua renúncia. Há também uma pressão semelhante da direita na Espanha e em outros países.