O ex-deputado federal Marcelo Freixo, atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), disse que o órgão pode ficar sem orçamento a partir de 2024.
Segundo ele, isso pode acontecer caso os parlamentares do Congresso Nacional não aprovem repasses de recursos do Sistema S à agência.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, Freixo declarou que, “se nada for feito… [….] ano que vem, fecha as portas. E aí não tem mais empresa de promoção de turismo no Brasil.”
“O que eu estou debatendo é que você não pode ter uma empresa tão estratégica, tão importante para o desenvolvimento, emprego e renda no Brasil, como é a Embratur, de um setor onde o Brasil é tão potente, que é o turismo, sem orçamento”, completou.
Ele afirma que vai lutar pela aprovação de uma Medida Provisória (MP) de 2022 que prevê a transferência de 5% dos excedentes do Sistema S para a Embratur. A matéria já foi aprovada na Câmara, mas ainda precisa passar pelo Senado.
“Quanto mais turista a gente traz para cá, mais Sesc e Senac arrecadam, mais a cultura ganha, mais os hotéis ganham. É o setor mais beneficiado pelo investimento no turismo”, acrescentou Marcelo Freixo.
O presidente da Embratur também disse que tentou um acordo para fixar um repasse fixo à agência, de R$ 300 milhões, por 4 anos, enquanto o órgão estuda outras formas de financiamento. Apesar disso, a ideia não foi aceita pelas entidades.