O Foro de São Paulo divulgou o documento-base para o próximo encontro, que acontecerá em Brasília no final do mês. O texto elogia abertamente os regimes ditatoriais de Cuba, Venezuela e Nicarágua, enquanto faz um aceno claro à China, retratando-a como um “fator de estabilidade e equilíbrio”.
Ao citar uma eventual ameaça da extrema-direita no continente, o material destaca que essa ameaça foi parcialmente contida recentemente. O texto fala também em avanços de Cuba, Venezuela e Nicarágua, destacando que os três países atuam com firmeza.
O encontro, marcado para ocorrer de 29 de junho a 2 de julho em Brasília, será realizado como uma forma de prestigiar a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, que é esperado no evento. O Partido dos Trabalhadores (PT) exerce a secretaria-executiva do Foro e é um dos membros mais influentes.
No documento, são condenadas as “medidas coercitivas e sanções unilaterais” impostas pelos Estados Unidos e países europeus à Venezuela e Nicarágua, com o objetivo de pressionar por mudanças nos governos de Nicolás Maduro e Daniel Ortega, respectivamente. Como já esperado, não há qualquer menção às violações dos direitos humanos e à repressão contra opositores nesses países.