Dois ministros do governo federal cometeram erros ao referir-se ao estado de Mato Grosso do Sul durante a cerimônia realizada nesta terça-feira (19) em Campo Grande (MS) para celebrar a promulgação da Lei do Pantanal, programada para entrar em vigor em fevereiro de 2024.
Durante seu discurso, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, equivocou-se ao mencionar estar contente por estar no Mato Grosso. Embora os nomes Mato Grosso e Mato Grosso do Sul se assemelhem, há diferenças substanciais entre eles, já que deixaram de formar um único estado há quase 50 anos, e confundir essas duas localidades é considerado um erro básico de geografia.
As capitais Cuiabá e Campo Grande, por exemplo, estão separadas por mais de 700 quilômetros, além das notáveis distinções de sotaque entre uma região e outra.
Posteriormente, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, também confundiu os nomes dos estados durante uma coletiva de imprensa. Ela se equivocou ao mencionar “Aqui no Mato Grosso…” e foi corrigida pela plateia presente na cerimônia, que prontamente gritou: “Do Sul, ministra”. Após a correção, Marina pediu desculpas, ajustou a frase e prosseguiu com seu pronunciamento.
A confusão entre Mato Grosso e Mato Grosso do Sul é desaprovada pelos sul-mato-grossenses, refletindo uma identidade regional forte e o desejo de preservar as características únicas de seu estado. Trata-se de duas unidades federativas distintas, cada uma com sua história, cultura, economia, sotaque e particularidades. Ser erroneamente associado ao estado vizinho é percebido como falta de reconhecimento e compreensão das singularidades, gerando descontentamento entre os moradores desses estados.