O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, participou nesta quinta-feira (24) de uma sessão na Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal.
O chanceler utilizou sua fala inicial para fazer críticas diretas e incisivas ao ditador venezuelano Nicolás Maduro.
“Importante que a gente não use a palavra Venezuela para se referir a esse bando de facínoras que ocupam o poder ainda na Venezuela, pelos quais a gente só tem desprezo”, disse Araújo.
Perante os senadores, o representante diplomático explicou como vê a atual situação do país vizinho, classificada por ele como uma “erosão e degradação das instituições democráticas”.
Ernesto Araújo foi convocado para falar sobre a visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, que na semana passada veio ao Brasil para conhecer a fronteira com a Venezuela.
O ministro explicou que a ideia partiu do próprio secretário Pompeo. Araújo ainda ressaltou que tanto o Brasil como os Estados Unidos não são contrários ao país sul-americano.
“Absolutamente nada do que estamos fazendo é contra o povo. Não é uma ofensa à Venezuela, seria se ignorássemos a situação atual. O secretário me telefonou dizendo que estava querendo visitar países da América do Sul e gostaria de vir ao Brasil para conhecer em Boa Vista a Operação Acolhida”, declarou.
O chanceler lembrou ainda que a Operação Acolhida, na qual o Brasil já gastou cerca de US$ 400 milhões desde 2018, é uma iniciativa internacionalmente reconhecida, inclusive elogiada pelo secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres.
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