Durante uma audiência pública na CPI das ONGs, o ex-ministro Aldo Rebelo fez declarações afirmando que as ONGs formam um “Estado paralelo” que governa a Amazônia com a conivência e assistência das agências oficiais do governo. Ele destacou que três “Estados” coexistem no principal bioma do país: o Estado oficial, o narcotráfico e as ONGs.
Rebelo afirmou que o “Estado paralelo” das ONGs é o mais importante, forte e dominante, governando efetivamente a Amazônia com o auxílio do Estado brasileiro, incluindo o Ministério Público Federal, a Polícia Federal, o Ibama, a Funai e o recém-criado Ministério dos Povos Indígenas. Ele descreveu esse consórcio de agências estatais como sendo a serviço desses interesses.
Segundo Rebelo, enfrentar esse “Estado paralelo” não é fácil, pois eles governam de dentro do próprio Estado oficial, mesmo sem precisar estar fisicamente presentes.
O ex-ministro também alegou que a reserva de 14% do território do Brasil não ocorre por acaso, mas é o resultado de um planejamento profundo. Ele mencionou o sistema nacional de unidades de conservação como uma criação de uma agência norte-americana assumida pelo Estado brasileiro, sugerindo que a imobilização de 14% do território nacional em áreas indígenas, incluindo áreas ricas em minérios e produtivas, foi um plano cuidadosamente elaborado.
É importante observar que essas são declarações feitas por Aldo Rebelo durante a audiência pública, refletindo sua opinião pessoal sobre a questão das ONGs e o papel delas na governança da Amazônia.
O ex-ministro Aldo Rebelo disse que depois de 40 anos fazendo incursões pela Amazônia, surpreendeu-se negativamente ao constatar a presença dos três Estados. enquanto o “Estado oficial” é “anêmico, débil, deficitário em tudo”, o crime organizado está “espalhando seus tentáculos pela Amazônia inteira, dominando os rios como vias de acesso para o tráfico nacional e internacional, ampliando seu poder social e econômico”.
Entretanto, apesar disso, ao percorrer a região, Aldo Rebelo disse que “o aparato repressivo” do “Estado oficial’ é ostensivo. “Helicópteros, Polícia Federal, Ibama, Força Nacional, viaturas. Parece uma cidade em guerra. E você pergunta se esse aparato é para combater o crime organizado. Não é. Esse aparato todo está ali montado para ir atrás do sujeito que está criando uma vaca, plantando uma roça de milho, criando uma cabra, uma roça de cacau. É para isso que o Estado brasileiro mobiliza esse aparato que eu vi pela primeira vez em 2010”, declarou o ex-ministro à CPI das ONGs.