O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira (26) que a vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan poderá ser aplicada no país mesmo sem a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo ele, basta que o imunizante receba o aval de agências reguladoras de outros países. Doria declarou ainda que a Anvisa está sob suspeita de interferências políticas do presidente Jair Bolsonaro. A informação é do Metrópoles.
“Não há outro caminho que não liberar [a CoronaVac] dentro dos critérios que a Anvisa tem, que são os mesmos critérios de protocolos internacionais de outras agências de vigilância sanitária que também estão avaliando a vacina CoronaVac, nos Estados Unidos, na Europa, sobretudo na Ásia. Essas agências, se validarem a vacina, ela estará validada independentemente da própria Anvisa”, disse.
Ao ser questionado se a vacina poderá ser aplicada em território brasileiro mesmo sem a chancela do órgão regulador, mas com o aval de agências internacionais, o tucano afirmou que existe a possibilidade de que isso ocorra.
“Pode [ser aplicada]. Há um entendimento internacional e uma aceitação, aliás, chancelada pela Organização Mundial de Saúde de que neste caso, diante de uma pandemia, neste caso, sim”, respondeu.
E completou: “Era tudo o que nós não esperávamos é que pudesse ter havido uma intervenção e, de fato, houve. Há suspeitas claras de que houve uma intervenção do Palácio do Planalto junto à Anvisa. Aliás, a melhor prova disso foi uma postagem do presidente Bolsonaro celebrando: eu venci e o Doria perdeu”.