Governadores que se alinham ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e são potenciais candidatos em 2026 não planejam participar do evento que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende realizar em Brasília na próxima segunda-feira (8), marcando um ano dos atos de 8 de janeiro.
Apesar de o governo federal promover o ato sob a temática “Democracia Inabalada” e alegar caráter apartidário, a cerimônia será marcada por protagonismo partidário, contando com a presença de líderes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara, do Senado, governadores, ministros e aproximadamente 500 convidados, conforme apuração do Conexão Política.
O evento, no entanto, será esvaziado por lideranças de direita. Diversos governadores devem ficar de fora, cada um citando razões específicas para não comparecer. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), por exemplo, afirmou estar em recesso na Europa e retornará ao Brasil apenas na noite do dia 8 de janeiro.
Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, também deve ficar sem pisar os pés na mobilização. O governo de Minas Gerais declarou que a agenda de Zema é pública e consta em site oficial, mas não há nenhuma menção ao evento 8/1.
Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, está de férias e não deve comparecer. Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro, tem uma reunião de secretariado no dia e também sinaliza ausência. Eduardo Riedel (PSDB), de Mato Grosso do Sul, está de recesso.
Na região Sul, Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, e Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, alegaram compromissos já marcados para o dia 8 de janeiro, confirmando que não estarão presentes em Brasília.
Já Ronaldo Caiado (UB), de Goiás, informou que terá agendamento médico no dia, consequência de uma bateria de exames oriunda de uma cirurgia no coração.