O presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, declarou que não enviou o valor máximo do fundo partidário para a campanha de Gilson Machado (PL) à prefeitura do Recife devido à elevada popularidade do atual prefeito e candidato à reeleição, João Campos (PSB).
“Os 75% [de intenção de voto] do adversário. Dinheiro não foi feito para queimar”, afirmou Valdemar ao jornal O Globo nesta quarta-feira (25).
Até agora, o diretório nacional do partido destinou R$ 6 milhões para a campanha de Gilson Machado, ex-ministro de Bolsonaro. O limite permitido para a campanha deste ano é de R$ 9.776.138,29, e, segundo a reportagem, não há previsão de novos repasses.
Um dos principais motivos para o corte no financiamento da campanha de Gilson Machado seria o fato de ele ter lançado seu próprio filho como candidato a vereador.
“Há um sentimento de revolta por estar beneficiando o próprio filho. Eu faço o papel de bombeiro para tentar acalmar os ânimos, mas a postura de Gilson não tem sido a de um candidato à prefeitura”, declarou Valdemar Costa Neto.
Além disso, um possível desentendimento entre Gilson e o presidente estadual do partido, Anderson Ferreira, estaria contribuindo para o impasse. Candidatos a vereador ligados ao clã Ferreira não estão utilizando a imagem de Gilson em suas campanhas.
“Espero que o partido repare o dano que está fazendo no Recife. Eu tenho chance real de ir ao segundo turno”, afirmou Gilson ao jornal.