O Brasil registrou mais um recorde de desmatamento sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Após números alarmantes sobre a Amazônia e o cerrado, que registraram disparada em fevereiro, os números de março são ainda mais preocupantes.
O desmatamento da Amazônia triplicou em março, fazendo o 1º trimestre de 2023 fechar com a segundo maior área desmatada em pelo menos 16 anos. A projeção é do monitoramento por satélite do (nstituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Os dados foram divulgados na quarta-feira (20).
Conforme os números, foram derrubados 867 km² da floresta ao longo dos 3 primeiros meses deste ano. Isso é equivalente a quase mil (1.000) campos de futebol por dia de mata nativa.
Com exceção do Amapá, todos os outros Estados que compõem a Amazônia Legal registraram salto na área de floresta derrubada em março deste ano. O líder no aumento do desmatamento foi o Amazonas, que realizou 30% de toda a devastação. A área devastada passou de 12 km² em março de 2022 para 104 km² em março de 2023, alta de 767%.
Na segunda colocação do ranking, aparece o Pará, com alta de 176% na destruição da floresta, de 33 km² em março de 2022 para 91 km² no mesmo mês de 2023.
— O desmatamento detectado em março de 2023 ocorreu no Amazonas (30%), Pará (27%), Mato Grosso (25%), Roraima (8%), Rondônia (6%), Maranhão (3%) e Acre (1%) — afirmou o Imazon.
A maioria do desmatamento foi em áreas privadas ou em estágios de posse (76%). O restante em assentamentos (19%), unidades de conservação (4%) e terras indígenas (1%).
Eis o infográfico desenvolvido pelo Imazon. O levantamento mostra o desmatamento de janeiro a março desde o início do monitoramento, em 2008:
Fevereiro também foi ruim
No mês passado, o registro de monitoramento bateu recorde para o mês e foi maior da série histórica, conforme dados do Deter, sistema do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que mostra informações para o combate ao desmate.
No acumulado para todo o ciclo de fevereiro, a área com alertas foi de 321,9 km² na Amazônia — 62% a mais que em 2022.
Já no cerrado, a situação foi ainda mais alarmante, com números que chegaram a 557,8 km², com alta de 97% em relação a 2020, ano que registrou recorde de 282,8 km².