A crise interna no IBGE, que já levou à exoneração de Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, diretores de Pesquisas, pode se intensificar nos próximos dias.
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, até o fim do mês, as diretoras Ivone Batista e Patrícia Costa, responsáveis pela área de Geociências, também devem deixar seus cargos. Fontes indicam que os substitutos já estão sendo definidos, faltando apenas a formalização das mudanças.
A saída dos diretores é atribuída, principalmente, à falta de interlocução com a presidência do IBGE, liderada pelo economista Marcio Pochmann, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em uma reunião realizada na semana passada, os diretores que pediram exoneração explicaram que a ausência de diálogo com a atual gestão foi o principal fator para a decisão.
A criação da Fundação IBGE+, que não foi sequer discutida no Conselho Diretor, também teria contribuído para o agravamento da situação.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) afirmou em nota que, embora os diretores tenham optado por não divulgar os motivos exatos de suas saídas, a entrega dos cargos reflete o “desgaste” com a gestão atual, que é vista como um reflexo das escolhas feitas pelo governo Lula III.