O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB-SP), que teve pouco mais de 4 mil votos nas eleições deste ano, pretende se estabelecer definitivamente nos Estados Unidos. Ele vive em solo americano desde 2020, quando deixou o governo federal.
“Fiquei surpreso, tive muito menos votos do que eu podia imaginar. Achei que eu tinha chance de ganhar a eleição”, diz ele, que concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados pelo estado de São Paulo.
Weintraub tem direito à residência nos EUA desde abril deste ano. Apesar disso, afirma que só recentemente, após todas as etapas do processo de imigração terem sido concluídas, pôde deixar o país. A campanha dele foi feita remotamente a partir de Washington.
Em abril, o ex-ministro da Educação saiu do cargo que exercia no Banco Mundial. Ele diz não ter decidido qual será seu futuro profissional. Abraham Weintraub fez carreira no setor financeiro.
O ex-MEC atribuiu sua baixa votação a um processo de “destruição de imagem” que alega ter sofrido da esquerda e da direita bolsonarista, com a qual está rompido. “O sistema me ameaçou e à minha família, por isso não volto ao Brasil”, declara.
Com relação ao segundo turno entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula da Silva (PT), deixa claro que não pretende votar, embora tivesse a opção de comparecer à embaixada. “No dia da eleição, não vou nem sair de casa”, revelou.
Embora à distância, Weintraub pretende seguir participando do debate público brasileiro, por meio de lives no YouTube e participações no instituto conservador Farol da Liberdade, ao qual é ligado. “Fiquei seis anos como homem público. Agora vou cuidar da família e das coisas que deixei de stand by”, finalizou.