Ex-chefe da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, o ex-procurador Deltan Dallagnol apontou incoerência na delação premiada para investigar o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco.
Dallagnol usou as redes sociais para dizer que as denúncias da Lava Jato vêm sendo descredibilizadas por terem delações como provas. Ele destacou que o instrumento de apuração foi duramente criticado por petistas durante toda a operação.
O ex-deputado federal apontou que a investigação do caso Marielle utiliza a delação do ex-policial Élcio Queiroz, réu pelo crime, em suas apurações.
– Delação agora é prova? Até ontem, a PGR (Procuradoria-Geral da República) estava desdenunciando e o STF (Supremo Tribunal Federal) estava desrecebendo denúncias adoidado contra corruptos sob o fundamento de que apenas a delação não é suficiente. Alguma lei deve ter mudado… Ou o que mudou foi a capa dos autos? – satirizou o ex-deputado.
Em delação premiada à Polícia Federal (PF), o ex-policial militar Élcio de Queiroz relatou a participação dele, do ex-policial reformado Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.