Assim como o X/Twitter, que foi suspenso no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o BlueSky, uma das principais alternativas que ganhou mais de 1 milhão de usuários em três dias, também enfrenta um problema similar: não possui representante legal no país.
A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Conexão Política. A ausência de um representante legal foi um dos principais motivos que levaram o ministro Alexandre de Moraes a determinar a suspensão do X/Twitter no Brasil.
Com a decisão abrupta, o BlueSky, conhecido como a rede da “borboleta azul”, rapidamente se tornou popular no país. A plataforma chegou a fazer publicações em português para dar as boas-vindas aos novos usuários, com uma mensagem do perfil oficial afirmando: “Agora este é um aplicativo brasileiro.”
O Conexão Política tentou contato com a assessoria de comunicação do BlueSky no exterior para obter mais informações, mas até o momento, não houve resposta. Não há registro de representantes ou escritório oficial do BlueSky no Brasil, o que coloca também a plataforma em uma situação delicada.
De acordo com a legislação brasileira, empresas internacionais que operam no país são obrigadas a ter um representante legal para lidar com questões jurídicas e administrativas. A exigência visa garantir que as empresas estrangeiras cumpram as leis locais e possam ser responsabilizadas por suas operações no Brasil.
A falta de cumprimento a pelo X/Twitter resultou em um confronto com o Judiciário brasileiro, que culminou no fechamento do escritório da empresa no Brasil em 17 de agosto e, posteriormente, na suspensão do aplicativo no país. Com essa decisão, outras plataformas como BlueSky e Threads, do grupo Meta de Mark Zuckerberg, surgiram como alternativas para os usuários brasileiros.