As eleições presidenciais de 2025 indicam um movimento global de migração política à direita. Em oito dos nove principais países que vão às urnas neste ano, pesquisas eleitorais apontam a liderança de candidatos conservadores, com mudanças ideológicas previstas em cinco dessas nações. A tendência se estende da América Latina à Europa e Oceania, impulsionada por questões como incertezas econômicas e políticas migratórias mais restritivas.
De acordo com as projeções eleitorais feitas pelo Poder360, Alemanha, Austrália, Noruega, Canadá e Chile apresentam crescimento da direita, impulsionado pela insatisfação com governos atuais de esquerda ou de centro.
Com base na projeção, apenas a Bolívia deve manter um governo de esquerda, enquanto Equador, Polônia e República Tcheca tendem a seguir com administrações conservadoras.
Especialistas apontam que o aumento da imigração tem gerado preocupações em diversas nações, sobretudo em relação à segurança e à integração cultural. Enquanto governos de esquerda tendem a adotar políticas mais abertas, partidos conservadores se apresentam como alternativa com propostas de restrição migratória e fortalecimento da soberania nacional.
A tendência de avanço da direita também se reflete no G7. Se confirmadas as projeções, cinco dos sete países do grupo poderão ser governados por líderes conservadores, o maior número desde 2011. Atualmente, apenas a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália), e o presidente da França, Emmanuel Macron (Renascimento), permanecem no poder.
As eleições na Alemanha e no Canadá ainda não têm desfecho definido, mas pesquisas indicam que candidatos de centro-direita são favoritos nos dois países. Caso o cenário se concretize, a troca de cinco dos sete chefes de governo representaria a maior reconfiguração política do G7 em mais de uma década.