Candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes comentou nesta quarta-feira (21) sobre a mudança de voto de Caetano Veloso e Tico Santa Cruz em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em sabatina promovida pelo jornal Estadão, o ex-governador do Ceará criticou a estratégia de campanha do petista para tentar vencer o pleito no primeiro turno. Segundo ele, o PT “quer aniquilar as alternativas” de voto.
Nos últimos dias, Caetano gravou um vídeo dizendo que “adora” Ciro, mas que irá votar em Lula em 2022. No mesmo sentido, Tico Santa Cruz defendeu o chamado “voto útil” no candidato do PT.
Em reação, Ciro Gomes afirmou que os artistas, apesar de serem pessoas boas, não representam nem expressam a maioria da população do Brasil.
“É o voto Caetano Veloso, é o voto Chico Santa Cruz. São boas pessoas, mas que estão com a vida ganha. Quem está preocupado com o dia seguinte é quem não tem plano de saúde, quem não tem como pagar a mensalidade escolar, quem está submetido ao terrorismo das facções criminosas na periferia, quem está na fila de cirurgia eletiva”, rebateu.
Ainda de acordo com o pedetista, há um “fascismo de esquerda” no país encabeçado pelo PT. Ele também voltou a falar sobre “gabinete do ódio” comandado pelo partido de Lula, que seria financiado com “dinheiro roubado”.
“Há um fascismo de esquerda liderado pelo PT. Eles estão querendo simplificar de uma forma absolutamente dramática o debate, querendo nada mais, nada menos do que aniquilar alternativas. Isto é uma tragédia para um país que nem o Brasil”, acrescentou.
Questionado sobre as chamadas pautas identitárias, Ciro Gomes respondeu que é necessário corrigir desigualdades num aspecto macro, sem fragmentar a sociedade.
“Quem está financiando essas agendas no Brasil é a Open Society, do George Soros. O PSOL é financiado pelo George Soros. Faz esse discursinho e vai se aliar ao [Henrique] Meirelles”, disse.