A Polícia Federal (PF) apresentou, nesta segunda-feira (14), a conclusão de uma investigação contra o senador Renan Calheiros (MDB-AL).
De acordo com a PF, Renan fez parte de um esquema de caixa dois com a empreiteira Odebrecht.
Segundo o inquérito, o parlamentar recebeu R$ 500 mil de forma não declarada à Justiça Eleitoral.
A investigação é relacionada à campanha de 2010 ao Senado Federal, quando Renan disputou – e venceu – o pleito eleitoral.
Ainda segundo a PF, “há robustas evidências” de que Renan Calheiros, na ocasião, foi abastecido pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht — nome pelo qual era conhecido o núcleo de propina da empresa.
“Há elementos concretos e relevantes no sentido da existência de materialidade e autoria dos crimes investigados no presente inquérito, encontrando-se presentes indícios suficientes de que o senador José Renan Vasconcelos Calheiros cometeu o crime previsto no art: 350 do Código Eleitoral, na modalidade ‘caixa 2′” escreveu a delegada da PF Rejane Nowicki.
Outro lado
Em nota, a defesa de Renan Calheiros afirma que “dois terços das investigações” contra o senador já foram arquivadas, e que “tem por certo que a história novamente se repetirá”. O advogado Luis Henrique Machado diz que as doações foram “devidamente declaradas e subsequentemente aprovadas pelo tribunal”.