A rixa entre os irmãos Ciro Gomes e Cid Gomes intensificou-se na última semana no Ceará, após o PDT Nacional confirmar uma intervenção na discussão e destituir o senador Cid do comando do partido no estado. Após isso, a legenda revogou os pedidos de anuência concedidos pelo congressista a políticos interessados em deixar o partido. A disputa pelo controle político no estado cearense tem como foco principal as possíveis alianças com o PT nas eleições municipais de 2024.
A principal fonte de desentendimento entre os irmãos é a postura em relação às alianças políticas em Fortaleza para o pleito eleitoral que se aproxima. A ala liderada pelo ex-ministro Ciro Gomes propõe que o partido não forme alianças com os petistas na cidade e defenda uma chapa pura para apoiar a reeleição de José Sarto (PDT).
Por outro lado, a turma vinculada a Cid Gomes deseja a inclusão de um candidato do PT como vice na chapa. Embora a discordância tenha acirrado a disputa entre eles, os diretórios em outras regiões do país buscam manter-se à distância do conflito, visando evitar que a crise tenha repercussões em âmbito nacional.
A avaliação da executiva nacional é de que é preferível evitar o envolvimento público na disputa entre o presidente interino do PDT, deputado federal André Figueiredo (CE), o ex-ministro Ciro e o senador Cid.
Apesar disso, a disputa entre Ciro e Cid tem causado diversos impasses no PDT, afetando a definição de pré-candidaturas para as eleições municipais. Até o momento, apenas três nomes foram oficialmente lançados nas capitais do país: Duda Salabert, em Belo Horizonte; Juliana Brizola, em Porto Alegre; e o deputado estadual Goura, em Curitiba.