Milhares de brasileiros voltaram às ruas neste domingo (10) em diversas cidades do país para protestar contra a indicação do ministro Flávio Dino (PSB), da Justiça e Segurança Pública, para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Em Brasília, ponto central do ato, aproximadamente 2 mil pessoas participaram da manifestação. Já em São Paulo, na Avenida Paulista, o ato registrou grande adesão, com os manifestantes ocupando as duas principais faixas em frente ao Museu de Artes de São Paulo (MASP). A Polícia Militar não divulgou estimativa de público nas duas cidades.
Os protestos coincidiram com a agenda internacional da posse de Javier Milei na Argentina, o que dividiu a atenção de alguns simpatizantes da direita. Muitos decidiram reservar o domingo para acompanhar o evento na Casa Rosada, especialmente para ver a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que recebeu honrarias de chefe de Estado durante a cerimônia de Milei e assentou ao lado dos presidentes presentes.
Os atos deste domingo também homenagearam a memória do empresário Cleriston Pereira da Cunha, réu pelos ataques de 8 de janeiro, que faleceu no Complexo Penitenciário da Papuda.
Ao todo, os movimentos de direita marcaram presença em capitais e cidades de todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal, na terceira convocação consecutiva desde os eventos de novembro. As manifestações fazem parte de uma retomada das ruas pela direita, embora os resultados até agora tenham sido considerados tímidos.
Em Brasília, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) e o deputado federal Sargento Fahur (PL-PR) afirmaram que o medo tem inibido parte da militância, citando punições arbitrárias aos participantes do 8 de janeiro e decisões do STF como causas do receio de voltar às ruas.