Criou-se a história de que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não aceita participar de ensaios para debates na TV. Em 2018, quando ainda era deputado federal e candidato ao Planalto, ele rejeitou consultorias que desejavam treiná-lo para os dois confrontos que participara no primeiro turno.
No entanto, em 2022, o cenário é diferente. O mandatário vem resistindo menos a uma possível preparação para esses programas na TV. Ele tem dito que todo tipo de auxílio, nesta reta final, é bem-vindo. No primeiro debate do segundo turno contra Lula (PT), na Band, o chefe do Executivo topou ensaiar algumas posturas e gestos.
Na ocasião, a avaliação do QG bolsonarista foi de que o presidente teve superioridade nos dois últimos blocos, mas poderia ter sido melhor no primeiro, quando permaneceu com as mãos para trás em várias oportunidades e demorou para interagir com as câmeras do estúdio.
Para o debate da TV Globo, marcado para esta sexta-feira (28), o Conexão Política apurou que Bolsonaro decidiu repetir a dose de preparação e está sendo orientado por assessores de campanha. O treino acontecerá no Rio de Janeiro (RJ) horas antes do confronto.
Os estrategistas que atuam na chapa querem afinar o discurso de Bolsonaro. A ideia é fazer com que ele consiga ser firme, mas sem parecer agressivo. Eles também acreditam que, caso Lula demonstre irritação durante o debate, isso pode gerar danos à imagem do petista, o que favorece o candidato à reeleição.
Participam da preparação o ministro das Comunicações, Fábio Faria; o ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten; o vereador carioca e filho do presidente, Carlos Bolsonaro; além do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira. O deputado federal eleito e influenciador Pablo Marçal (PROS-SP) também deu sugestões ao time de campanha.
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