O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já está nos bastidores da política, não apenas para moldar o cenário das eleições municipais deste ano, mas também para se articular visando o pleito de 2026.
Com o objetivo de garantir uma presença massiva de aliados no Senado, o direitista e o Partido Liberal buscam assegurar ao menos 30 senadores em todo o país dos 54 que serão eleitos na próxima disputa nacional.
Há uma lista de nomes considerados promissores, com boas chances de vitória caso decidam concorrer ao Senado. Entre eles estão Michelle Bolsonaro, no Distrito Federal; Flávio Bolsonaro, no Rio de Janeiro; e Eduardo Bolsonaro, em São Paulo.
Em meio a essas sondagens, a CNN Brasil reportou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem demonstrado preocupação com a disparada de uma bancada conservadora na Casa Alta.
Também há outros listados como ‘quentes’, referentes a nomes com grande potencial vitória em seus redutos, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro); Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Júnior (Paraná), além de parlamentares federais como Marcel van Hattem (Novo-RS), do Rio Grande do Sul; Bia Kicis (PL-DF), do Distrito Federal; Carla Zambelli (PL-SP), de São Paulo, e possivelmente Ricardo Salles (PL-SP), também de São Paulo.
Com a perspectiva de uma eventual ascensão da direita, que poderia resultar na eleição de um conservador para a presidência do Senado, o ex-presidente Lula também já está planejando uma resposta estratégica.
O líder petista está avaliando a necessidade de conter uma possível onda conservadora, já que a renovação de dois terços do Senado está prevista. Esse esforço pode até mesmo afetar a chapa de reeleição de Lula. Para evitar que a direita conquiste duas vagas no Senado por São Paulo, cogita-se uma candidatura do vice-presidente Geraldo Alckmin, do PSB.
Caso exista essa mudança de rota, o petista considera reviver a dobradinha PT-MDB, com a ministra Simone Tebet (Planejamento) ou o governador Helder Barbalho (Pará) como candidato a vice-presidente.
No Rio de Janeiro, a aposta pode ser Ricardo Cappelli, ex-secretário executivo do Ministério da Justiça, do PSB. Já em Minas Gerais, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) é visto com bons olhos, considerando que o presidente trabalha para apoiar o senador Rodrigo Pacheco como candidato ao governo mineiro.