A senadora Simone Tebet (MDB-MS) poderá ter um novo protagonismo político caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vença o segundo turno. O PT deseja que a parlamentar sul-mato-grossense seja ministra da Agricultura. Apesar disso, há uma avaliação interna de que ela prefere a Educação, uma das pastas mais cobiçadas do governo.
Uma outra cadeira possível é a do Supremo Tribunal Federal (STF). Professora de Direito, Tebet poderia ser indicada para uma das duas vagas a que o próximo presidente terá direito a preencher na Corte. A primeira vaga no STF será aberta em maio de 2023, com a saída do ministro Ricardo Lewandowski, que completará 75 anos. Em outubro, será a vez de Rosa Weber, atual presidente do Tribunal, deixar o cargo por aposentadoria compulsória.
Simone Tebet é considerada pelo QG petista como um trunfo político capaz de conquistar votos de mulheres e indecisos, principalmente de centro e centro-direita. No início do segundo turno, ao declarar voto em Lula, ela afirmou que não condicionou o apoio a cargos no Executivo.
“Nunca tratei desse assunto com o PT. Nunca falei como o presidente Lula sobre isso. Não estou nessa luta por cargo, estou pela democracia e pelo futuro dos nossos filhos”, disse ela em uma publicação nas redes sociais na última quinta-feira (20).
Embora o PT não fale publicamente sobre indicações a ministérios, há um desejo interno de que o partido volte ao comando da Educação. Se Fernando Haddad (PT) perder a eleição ao governo paulista, ele já é cotado para assumir a pasta. Gabriel Chalita, ex-secretário de Educação de Geraldo Alckmin (PSB), e o senador eleito Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará, também são sondados para o MEC.
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