O primeiro debate presidencial na TV, neste domingo (28), foi marcado por discussões nos bastidores e ataques diretos entre os candidatos ao Palácio do Planalto mais bem colocados nas pesquisas de intenções de voto.
Pouco depois do início do confronto, o deputado federal André Janones (Avante-MG), apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi ao setor onde estavam os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) e provocou uma desavença que quase culminou em vias de fato.
No episódio, o ex-ministro do Meio Ambiente e candidato a deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) se levantou e acabou trocando farpas e xingamentos com o parlamentar. Após os ataques, ambos retornaram para seus respectivos assentos e continuaram a assistir ao debate.
Poucos minutos depois, uma nova rusga surgiu entre Janones e o vereador de Belo Horizonte e candidato a deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). No imbróglio, também estava presente o analista político e candidato a deputado federal Adrilles Jorge (PDT-SP). A equipe de segurança interveio e a situação foi apaziguada.
Lula x Bolsonaro: ataques resultam em direito de resposta
Ao longo do embate na TV, tanto Bolsonaro quanto Lula pediram direito de resposta e conseguiram sinal positivo dos organizadores do evento.
O presidente foi o primeiro a reagir, após ser citado pelo candidato do PT em razão da imposição de sigilos de 100 anos no acesso a informações do governo.
“Que moral tu tem para falar de mim, ex-presidiário?! Nenhuma moral”, rebateu. “Sigilo de cem anos: uma lei lá do tempo da Dilma, para questões pessoais como meu cartão de vacina ou quem me visita no Alvorada. Nada além disso. Orçamento secreto: eu vetei. O Parlamento derrubou veto. É lei. O seu partido, Lula, votou para derrubar o veto no tocante ao orçamento secreto”, completou.
A fala do chefe do Executivo rendeu outro direito de resposta, mas a Lula, que citou “irresponsabilidade de quem exerce o cargo, que me chamou duas vezes de ex-presidiário”.
“Ele sabe a razão pela qual eu fui preso, e as razões foram que, para ele se eleger presidente da República, precisavam tirar o Lula da disputa”, acrescentou.