Nesta quinta-feira (16), o Banco Central da Argentina ordenou o aumento da taxa básica de juros em três pontos percentuais, para 78%.
A medida é anunciada após a Casa Rosada divulgar os últimos números de sua inflação anual, que ultrapassou 100% em fevereiro deste ano, chegando ao maior patamar em 31 anos.
Em relação a fevereiro do ano passado, o aumento da taxa inflacionária foi de 102,5%. Em comparação com janeiro, o índice subiu 6,6%, acima de todas as previsões.
A Argentina vive uma escassez de dólares e uma crise financeira sem precedentes na história recente. Cerca de 40% da população vive abaixo da linha de pobreza.
O governo de Alberto Fernández já anunciou várias medidas econômicas para tentar controlar a alta de preços, como o tabelamento de preços, o congelamento de produtos e a taxação de exportações, mas sem sucesso.
No país vizinho, a inflação parece acelerar ainda mais a cada nova tentativa de limitar os preços no varejo, impulsionados em parte por uma seca devastadora que está afetando a oferta de grãos e carne.