A Argentina alcançou seu décimo superávit primário mensal consecutivo em outubro, conforme anunciado pelo ministro da Economia, Luis Caputo, nas redes sociais.
O saldo positivo foi de 747 bilhões de pesos argentinos (aproximadamente R$ 4,3 bilhões). No mês anterior, o país havia registrado um superávit financeiro de 523 bilhões de pesos.
O presidente Javier Milei tem defendido uma política de déficit zero como pilar central de sua gestão, comprometendo-se a vetar qualquer projeto de lei que ameace o equilíbrio fiscal. Para Milei, os gastos excessivos de governos anteriores são os principais responsáveis pela inflação elevada que assola o país.
A Fitch Ratings elevou a nota de crédito de longo prazo da Argentina para “CCC”, subindo um nível em relação à classificação anterior, que era “CC”. Segundo a agência, a entrada de dólares no país tem aumentado as reservas internacionais, o que, embora promissor, ainda enfrenta riscos relacionados à capacidade do país de cumprir suas obrigações financeiras.
A Fitch também prevê uma contração econômica de 3,6% para 2024, com uma possível recuperação de 3,9% em 2025, embora sujeita a incertezas no câmbio.
De modo adicional, com o intuito de estimular a economia, o governo anunciou a eliminação de impostos sobre produtos comprados no exterior. A medida está programada para entrar em vigor em dezembro, conforme informado pelo porta-voz da presidência, Manuel Adorni.