“A cada 100 pessoas com idade para trabalhar em Pernambuco, 20 estão desempregadas”, registra Adriana Guarda, do Jornal do Commercio (JC).
O resultado evidencia a pior situação do Estado em todo o País.
Em reportagem desta quarta-feira (16), a jornalista traz números alarmantes. Pernambuco encerrou 2021 com uma taxa de desocupação de 19,9%, sendo um número recorde desde que o IBGE iniciou a pesquisa, em 2012.
A matéria pontua, inclusive, que o governo do Estado divulgou uma queda de 19,4% para 17,1% na desocupação em 2021, utilizando o quarto trimestre do ano como recorte. Apesar disso, a realidade assusta a população pernambucana.
“Além da escalada do desemprego, a renda caiu, a informalidade disparou e a precariedade do trabalho aumentou”, frisa a reportagem do JC.
Outro ponto mencionado é a grande quantidade de trabalhadores atuando sem carteira assinada. Além da desocupação ser expressiva, a informalidade também é uma realidade presente, alcançando em 2021 taxa recorde de 51,9%.
O índice é reflexo da falta do emprego formal, que faz com que as pessoas procurem trabalhar por conta própria. Entre 2016 e 2021, a informalidade passou de 47,6% para quase 52%.
Política do ‘tranca-tranca’
O cenário da pandemia da covid-19 também refletiu nos números atuais em Pernambuco.
O governo socialista de Paulo Câmara (PSB) foi uma das principais gestões no país a realizar duras medidas no fechamento de setores econômicos. Sob a justificativa de ‘salvar vidas’, autoridades pernambucanas aplicaram decretos e protocolos para atingir um amplo distanciamento social, almejando reduzir os níveis de contaminação.
O resultado não poderia ser outro: desemprego e incertezas.
A gravidade do problema
Os trabalhadores domésticos foram atingidos em cheio. Conforme os dados veiculados pelo JC, os profissionais deste setor estão entre a categoria mais afetada pelos efeitos negativos da pandemia.
O pernambucano também passou a ganhar menos. O rendimento médio do trabalho em 2012 era de R$ 2.137. Em 2021, contudo, fechou em R$ 1.837.
A fase de maior retração ocorreu entre 2014 — período antes da recessão — e 2021, com uma queda de 22,5%.
Além da perda do poder de compra, Pernambuco também ocupa a lista dos brasileiros mais endividados no país.