Na última quarta-feira (23), o Partido NOVO suspendeu a candidatura de Filipe Sabará à prefeitura de São Paulo/SP.
A decisão tem caráter liminar e foi tomada pelo Conselho de Ética do Diretório Nacional. A legenda, contudo, não detalha o motivo.
Nesta quinta-feira (24), Sabará disse ser alvo de perseguição promovida por João Amoêdo, ex-presidente nacional do partido, e de “uma ala esquerdista minoritária” da sigla.
De acordo com ele, a perseguição se dá por por razões políticas e eleitorais, principalmente após ele declarar que o presidente Jair Bolsonaro era melhor que o governador João Doria (PSDB).
“Ele [Amoêdo] não aceita conversar. Está me perseguindo por eu não falar exatamente as coisas que ele quer. Falei que o Bolsonaro é melhor que o Doria. E também por eu ser uma pessoa de direita, conservador nos costumes e liberal na economia”, disse.
Filipe Sabará, que é empresário, foi secretário municipal de Assistência Social na gestão de João Doria na prefeitura de São Paulo.
Na visão dele, o crescimento de uma ala do NOVO que simpatiza com Bolsonaro pode conflitar com os interesses de Amoêdo, que sonha em disputar novamente a Presidência em 2022.
Sabará aponta como verdadeira liderança do NOVO o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, um dos pivôs dessa frente mais próxima ao chefe do Executivo dentro do partido.
“[Amoêdo] quer antagonizar com o Bolsonaro o tempo todo. Nunca elogia, apenas critica. O Zema é o verdadeiro líder do partido Novo. Ele é o Novo na prática. O Amoêdo fez um excelente trabalho fundando o partido. Mas parece que depois se perdeu”, declarou.