O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu desculpa neste domingo (1°), durante ato pelo Dia do Trabalhador. O evento aconteceu na Praça Charles Miller, no Pacaembu, Zona Oeste de São Paulo. No sábado, 30, Lula fez a seguinte declaração: “Ele [Bolsonaro] não gosta de gente, ele gosta de policial”.
A fala repercutiu na imprensa e gerou reações negativas nas redes sociais, cravando embate entre políticos e representantes do setor de segurança pública.
Com receio, ao se reunir com as centrais sindicais, o petista recuou e disse que decidiu se retratar.
— Quero aproveitar e pedir desculpa aos policiais desse país, porque, muitas vezes, cometem erros, mas muitas vezes salvam muita gente do povo trabalhador. Temos que tratá-los como trabalhadores nesse país — disse ele, ao lado de lideranças políticas.
— Resolvi pedir desculpas junto a vocês porque, nesse país, não é habitual pedir desculpa. Eu, por exemplo, estou esperando que as pessoas que me acusaram o tempo inteiro peçam desculpas — acrescentou.
O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, usou as redes sociais para responder o esquerdista e afirmou que defende “o cidadão de bem”. Sem citar o ex-presidente, o mandatário publicou um vídeo antigo no qual ele fala sobre redução da maioridade penal, chama detentos de ‘vagabundos’ e defende a legítima defesa no campo contra o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
— Enquanto uns acham que policial não é gente e que tem que soltar jovens ladrões, traficantes e latrocidas, nós sempre defendemos o cidadão de bem — escreveu o chefe do Executivo federal.