O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE), afirmou que houve desentendimento sobre o objetivo do programa ‘Voa Brasil’, que se popularizou sobre a narrativa do presidente Lula, que dizia que o ‘pobre vai voltar a andar de avião’. Costa Filho diz que criou-se a premissa de vender passagens aéreas a R$ 200. No entanto, segundo ele, “seria insano” vender bilhetes a esse preço.
“O importante não é só o que se diz, mas o que as pessoas entendem. Naquele momento, da forma que foi passada por setores da imprensa e da sociedade brasileira, por conta das redes sociais, o povo brasileiro achou que a passagem seria a R$ 200. Seria insano a gente desenhar um programa dessa natureza”, afirmou ele, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura.
O ministro, ainda assim, não especificou o preço das passagens que serão vendidas pelo programa, que deve ser lançado ainda no mês de março. No final do ano passado, a expectativa era de lançar o programa em janeiro de 2024, o que não aconteceu.
“Nós conversamos com o presidente Lula, com o ministro [da Casa Civil] Rui Costa e desenhamos o novo programa Voa Brasil. A gente espera lançar até o final de março, já foi autorizado pelo presidente Lula”, reiterou.
De acordo com Costa Filho, o programa materializado pelo governo visa a atender, em sua 1ª etapa, 21 milhões de aposentados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) que ganham até 2 salários mínimos, além de 700 mil alunos do Prouni.
O programa contará com 5 milhões de passagens aéreas que serão disponibilizadas pelas próprias companhias. “Sem nem R$ 1 do tesouro. Foi um trabalho de construção coletiva, de muito diálogo, de a gente poder atender públicos específicos”, concluiu Silvio Costa Filho.