Uma reportagem do portal Metrópoles apontou, na manhã desta quarta-feira (15), o uso de ‘disparos’ de mensagens no WhatsApp —tido como o principal mensageiro instantâneo— sob condução da Central Única dos Trabalhadores, conhecida como CUT, para realizar campanha em favor do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O teor da denúncia gerou grande repercussão no cenário político do país. Em consequência disso, a entidade virou alvo de representações na Justiça Eleitoral.
O deputado Kim Kataguiri e o vereador Rubinho Nunes, ambos filiados ao União Brasil, além de integrarem o Movimento Brasil Livre (MBL), protocolaram uma representação na Procuradoria-Geral Eleitoral por propaganda eleitoral antecipada.
No documento, a CUT, o ex-presidente Lula e o Facebook —empresa que detém o WhatsApp— são considerados partes do processo. O petista, por sua vez, aparece como beneficiário direto da propaganda.
Na resolução, é dito que “verificam-se diversas ilegalidades perpetradas pelos representados, motivo pelo qual os responsáveis e beneficiários devem ser punidos na forma da lei”.
Além dos dois integrantes do MBL, o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) também formalizou uma denúncia sobre as chamadas “brigadas digitais” junto à Procuradoria Geral Eleitoral.
“Se comprovados, os fatos podem levar à inelegibilidade do pré-candidato por abuso do poder econômico e utilização indevida dos meios de comunicação social”, escreveu Martins nas redes sociais.
Outro lado
Após a publicação da reportagem do Metrópoles, a Central Única dos Trabalhadores veiculou uma nota na qual nega o uso político partidário em ações. “A CUT historicamente sempre se posicionou nos processos eleitorais, mas nunca pediu, não pede e não vai pedir voto para qualquer candidato”, diz o texto.
A entidade também afirma que atua adequadamente conforme às legislações em vigor.
“A CUT conta com assessoria especializada na gestão de redes sociais e comunidades digitais para ajudar a otimizar o uso dessas ferramentas junto ao nosso público, devidamente adequada às legislações em vigor”, pontua o comunicado.