O cerco está se fechando para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O eleitorado evangélico —tido como um dos mais influentes e decisivos do país— tem sinalizado adesão ampla em favor de Jair Bolsonaro (PL), atual presidente da República e candidato à reeleição.
Anteriormente, sem a enxurrada de pesquisas eleitorais realizadas entre o segmento cristão, a identidade conservadora dos evangélicos passou despercebida ao longo das últimas décadas. O ano de 2022, no entanto, tem mostrado como é o comportamento desta camada da sociedade.
Com isso, o que era visível apenas entre as quatro paredes do eixo religioso, agora está sendo exposto em uma série de dados e levantamentos, especialmente no período eleitoral.
Após o 1º turno do pleito geral, institutos de pesquisas passaram a cravar um crescimento ainda mais expressivo de Bolsonaro entre os evangélicos. O mais recente instituto a evidenciar tamanho avanço é o Ipec.
Segundo o Instituto, o atual chefe da nação tem o apoio de 63% desses eleitores. A vantagem é de 32 pontos. Lula, que tem buscado aproximação com os fiéis, obtém 31%.
Ao todo, 2 mil eleitores (todos acima de 16 anos) foram entrevistados, entre os dias 8 e 10 de outubro. A pesquisa está registrada na Justiça Eleitoral com o número de identificação BR-02853/2022. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%.