Sob a tutela do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o deputado federal e pré-candidato à prefeitura de Fortaleza, André Fernandes, está se preparando para centrar sua campanha na segurança pública.
Fernandes tem em mãos dados alarmantes sobre a onda de violência que tem assolado Fortaleza, espelhando um cenário de insegurança que permeia todo o estado do Ceará. Nos últimos meses, a cidade tem chamado a atenção por uma escalada agressiva em assaltos, assassinatos e atividades ligadas ao crime organizado e ao tráfico de drogas. Em março deste ano, os homicídios cresceram 22% em todo o Ceará. No Atlas da Violência, quatro cidades cearenses estão entre os 50 municípios mais violentos do país, incluindo Fortaleza.
Com o apoio de Bolsonaro, que apresentou bons resultados na área de segurança durante seu mandato, e de Tarcísio, que tem travado linha dura em São Paulo, Fernandes está planejando uma campanha atroz, que deve gerar dor de cabeça nos adversários. Com o pelotão do bolsonarismo, uma de suas principais propostas será investir pesadamente na Guarda Municipal de Fortaleza.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais neste sábado (27), Fernandes fala em criar a ‘ROMU’ (Ronda Ostensiva Municipal), que contaria com agentes equipados com “boina, colete, fuzil e caveirão para perseguir bandidos”. Ele deixou claro que, se eleito, a Guarda Municipal não será usada para blitz ou para perseguir motos com documentações atrasadas, nem para ‘carimbar feirantes’, mas será direcionada para combater criminosos.
O discurso mais incisivo de André ocorre dias após um encontro com Tarcísio, que se comprometeu a apoiar sua campanha em Fortaleza e a ajudá-lo a implementar o modelo de segurança que tem dado certo em São Paulo. Lá, Tarcísio tem colocado a polícia na linha de frente e lançado uma série de operações para combater o crime, que têm sido alvo de críticas da imprensa e de lideranças de esquerda.