O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que sempre adotou um discurso incisivo contra o Movimento Sem Terra (MST), fez novas declarações sobre a atuação do grupo no Brasil.
Ao desembarcar no Maranhão, onde cumpriu agenda oficial, Bolsonaro participou da cerimônia de entrega de títulos de propriedade de terras.
Em determinado momento do evento, o chefe do Executivo disse que invasões cometidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) não prosperam no país desde que ele foi eleito.
Defensor do direito à propriedade privada, ele relembrou que essa foi uma de suas bandeiras nas eleições de 2018 e comemorou os números apontados por ele.
“Alguém tem notícias de invasões do MST, tão comuns em anos anteriores? As raras que tiveram, menos de 10, deixaram de existir”, disse o presidente.
Em seguida, Bolsonaro afirmou ter conduzido mais títulos de propriedade do que em gestões anteriores.
“Todos que têm uma propriedade não querem que ela seja invadida. Não adianta fazer um plano de reforma agrária e não dar um papel para o proprietário possa dizer ‘eu vou trabalhar essa terra e o que eu fizer nela vai ficar para os meus filhos e netos’”, argumentou.
Ainda enquanto discursava, Bolsonaro disse que a propriedade é um dos bens mais valorosos que o cidadão pode ter, e que os políticos devem agir em defesa dessas pautas, mas sem atuar com ‘politicagem de poder’.
“O homem somente com a posse da terra vive ainda em uma situação de quase escravidão. Cada vez que te entregam um título, isso deixa de existir. Não tem preço você ser proprietário de alguma coisa (…) Nós devemos dar dignidade ao homem do campo e não fazer política com os cidadãos humildes. Não existe preço portar em suas mãos um título de propriedade”, finalizou.