O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou nesta segunda-feira (17) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será preso ainda este ano, provavelmente em setembro. O jurista, que é próximo ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também fez críticas ao atual presidente, alegando que ele estaria isolado e sem capacidade de articulação política como em seus primeiros mandatos.
Em carta publicada nas redes sociais, Kakay afirmou que Lula perdeu sua habilidade de dialogar e se cercou de pessoas que não têm coragem de lhe dizer a verdade. Para ele, o petista venceu a eleição de 2022 por conta da rejeição a Bolsonaro, mas agora enfrenta dificuldades para governar.
“O Lula do terceiro mandato, por circunstâncias diversas, políticas e principalmente pessoais, é outro. Não faz política. Está isolado. Capturado. Não tem ao seu lado pessoas com capacidade de falar o que ele teria que ouvir.”
Kakay ainda criticou a estratégia eleitoral de Lula e sugeriu que ele não deveria tentar a reeleição em 2026, defendendo que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seria a melhor opção para o PT na disputa presidencial.
“Nós temos Haddad, o mais fenomenal político desta geração em termos de preparo. Um gênio. Preparado e pronto para assumir seu papel.”
Previsão de prisão de Bolsonaro
O advogado também afirmou que Bolsonaro será preso até setembro de 2025, repetindo previsões feitas por integrantes do governo, como o ex-ministro da Secom Paulo Pimenta.
Segundo Kakay, o ex-presidente só perdeu a eleição porque foi inábil politicamente. Ele acredita que Bolsonaro teria vencido se tivesse seguido os conselhos de seu ex-ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e adotado uma postura menos conflituosa.
“Bolsonaro só perdeu porque era um inepto. Tivesse ouvido o Ciro Nogueira e vacinado, ou ficado calado sem ofender as pessoas, teria ganho com a quantidade de dinheiro que gastou.”
A pesquisa mais recente do IPEC aponta que 62% dos brasileiros acreditam que Lula não deveria disputar a reeleição, o que reforça a tese de Kakay sobre a necessidade de um novo nome para liderar o governo em 2026.